O PÁSSARO

O pai de Beto lhe contava histórias de quando ele (o pai) era uma criança. Dentre essas histórias, Beto gostava mais da história do pássaro.

- Papai, conta a história do pássaro.

- Certo. Quando eu tinha sua idade, achei um pássaro na rua, peguei ele e levei pra minha casa; depois que botei numa gaiola, ele começou a cantar; depois, fui jogar bola. Quando eu voltei, notei que o pássaro estava calado e só olhava pra janela, então fui ver o que tinha na janela; quando cheguei na janela, vi alguns pássaros cantando em uma árvore e percebi que ele queria ser livre. Então o soltei, ele ficou muito feliz e começou a cantar. Não se deve criar pássaros na gaiola, viu Beto.

- Ok, papai.

Domingo de manhã, era aniversário de Beto, e o pai dele resolveu lhe fazer uma surpresa.

- Beto, acorda.

- Oi, papai.

- Feliz aniversário! Comprei seu presente, cuide muito bem dele, pois ele não foi barato.

- Ok, papai. O que é?

O pai de Beto deu um pássaro a ele. Beto ficou muito feliz e foi brincar com ele no quintal. Chegando lá, se lembrou da história do seu pai, e resolveu fazer o mesmo... então soltou o pássaro.

- Papai, soltei o pássaro.

O pai de Beto perguntou por que ele fez aquilo. Ele respondeu:

- Decidi fazer o mesmo que o senhor fez quando era criança: soltar o pássaro.

- Mas, filho, aquele pássaro podia ser criado na gaiola.

- Ah, papai, mas o senhor não contou esse detalhe...

- Tudo bem, filho, concluiu o pai, que ficou com uma voz na cabeça...

“Meus 100 reais foram embora por nada”

 

Matheus Patrick, 1ª Série A Administração


Comentários

  1. Esse pássaro da história somos nós, desejosos por liberdade... E o pai representa aquele ditado: "faça o que eu digo, mas não o que eu faço...". Parabéns pelo texto que gera tantas reflexões!

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