A quarentena
Assim
que a quarentena começou, a ficha pra mim ainda não tinha caído, academias
estavam fechando, escolas, lojas, indústrias, o mundo estava parando aos
poucos. Demorei para perceber, achava que eram apenas 15 dias de isolamento
social e tudo iria voltar ao normal como antes, mas me enganei, a situação era
mais grave do que eu pensava.
Com
o passar dos dias, os casos de óbitos só aumentavam, não conseguia acreditar no
tamanho enorme dos números de mortos. Certo dia, perguntei a minha tia por que
estava acontecendo tudo isso. Ela me respondeu "minha filha, reclamamos
tanto do que temos, nunca valorizamos nossa liberdade, vocês jovens vivem
grudados na tela de um celular e trancados dentro de um quarto, olhe para a
realidade de um jovem deficiente com doenças patológicas, prestou atenção? eles
sempre estiveram de quarentena, passaram a vida toda se privando de ir a certos
locais por causa da cadeira de rodas, vida difícil né? reflita sobre isso e
comece a ver a quarentena com outros olhos".
Comecei
a enfrentar a quarentena com outros olhos, me dei de conta de que isso não era
apenas uma gripe, mas sim uma doença grave que chegava a causar óbitos. Me
conscientizei, cheguei à conclusão de que devemos valorizar tudo que temos,
inclusive a liberdade, algo que sempre tivemos.
Hoje
em dia, estamos presos igualmente a pássaros dentro de uma gaiola. Tudo isso é
para o nosso bem, nesse momento o que devemos fazer é nos isolar e tomar o
máximo de cuidados possíveis com a higiene para manter nossa saúde em perfeitas
condições.
Maria Rayssa, 1ª Série B
Administração
Parabéns! Sua crônica, além de nos fazer refletir sobre a pandemia da Covid-19, desperta-nos outros olhares insuspeitados...
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