O Boto, o Peixe-Boi e os 2 Garotos

Fábula original de João Victor Azevedo Kruger

(1ª Série B de Administração)

 


Em uma tarde de domingo, dois animais aquáticos dormiam tranquilamente sob as águas claras do Rio São Francisco, quando dois jovens começaram a jogar pedras no rio, o que fez acertar o Peixe-Boi, que se acordou e se revoltou com tal ato. 

- Quem ousa me acordar na minha humilde soneca da tarde? - resmungou o Peixe-Boi ao se aproximar da margem do rio. - Quem são vocês?

Os jovens riam de tal ato do peixe, pois não achavam que tinha o poder de falar, por ele ser apenas um peixe.

- Vocês não sabem o quão poderoso um coitado Peixe-Boi pode ser sábio!?

Eles continuavam a zombar do Peixe-Boi.

- Nós somos apenas pobres garotos - os dois jovens riam. - E quem é você?

- Eu sou o Peixe-Boi, um ótimo animal aquático.

- Hahaha - eles continuavam a rir. - Se achas tão poderoso!

- E eu sou.

Logo o Peixe-Boi foi até os fundos do Rio São Francisco e chamou o seu amigo.

- Ei, Boto, acorda! - berrou ele.

- O que houve? – quis saber o Boto-Cor-de-Rosa na maior calmaria.

- Estou precisando de sua ajuda - falou o Peixe-Boi.

- Com o quê? - perguntou o Boto.

- Tem dois jovens atirando pedras no rio.

Assim que o Peixe-Boi falou isso, o Boto-Cor-de-Rosa nadou até eles às pressas.

- Quem ousa se intrometer com o Boto-Cor-de-Rosa e o Peixe-Boi? – gritou o Boto.

Os jovens riam e continuavam a rir...

- Estão rindo? Agora vocês vão ver! - ameaçou o Boto.

E com sua nadadeira começou a jogar as pedras de volta, acertando-os. Os jovens saíram correndo para não serem mais atingidos, deixando os dois a sós novamente para poderem voltar a dormir.

- Tá vendo, nem sempre devemos julgar os animais aquáticos, eles podem ser mais fortes do que qualquer ser humano – reconheceu um dos garotos.

Moral: Nunca julgue o livro pela capa.

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